Durante
reunião na manhã desta terça, a Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Câmara recebeu
representantes de casas terapêuticas e grupos de apoio a recuperação de dependentes
químicos de Santa Maria e da região. Eles buscam uma alternativa para enfrentar
o problema da falta de acolhimento e de tratamento realizado pelo poder público.
De
acordo com as instituições, a administração pública optou em comprar vagas em clínicas
particulares, o que não resolve o problema, já que os pacientes permanecem em
tratamento pelo tempo máximo de 30 dias, podendo ser liberado após esse
período. Muitos deles acabam retomando ao uso de drogas, por não ter um
acompanhamento.
Entretanto,
um tratamento especializado, voltado para as necessidades desses pacientes, em
comunidades terapêuticas ou clínicas especializadas, por um maior período, pode
recuperar cerca de 50% dos pacientes. Há 13 vagas disponíveis, através do Consórcio
Intermunicipal de Saúde, na Fazenda do Senhor Jesus, em Ivorá – local conhecido
pela recuperação de dependentes - mas o município não utiliza.
Segundo
o vereador Luciano Guerra, será cobrada uma posição da prefeitura sobre o tema.
Para ele, não há como o município não ter uma política pública que trate desse
tema com seriedade e comprometimento.
“O
poder público também é responsável pelo aumento assustador de dependentes
químicos nas ruas da cidade. O município tem que dar explicações. Tem vagas e não são usadas. Enquanto isso, é triste ver muitas pessoas sofrendo com a
dependência química”, destaca.
As
entidades ainda ressaltam a falta de uma adequação das normativas municipais à
Política Nacional de sobre o uso de Drogas, que está totalmente em desacordo. Há
mais de um ano, as entidades procuraram a Prefeitura para tratar sobre o tema e
ainda não foram recebidas pelos representantes do executivo.
Texto
e foto: Fabricio Vargas